Trabalharam nove horas por dia e chegaram a receber 300 euros ao mês. Nos últimos sete meses, de segunda a sábado, o ritmo de trabalho foi intenso e constante.
Objectivo: fazer a remodelação sanitária do último dos pavilhões prisionais portugueses a ostentar a vergonha do "balde higiénico".
Desde Março de 2008, uma equipa de 30 reclusos da prisão de Pinheiro da Cruz, em Grândola, esteve em permanência dedicada às obras de canalização, construção dos sanitários, pintura das celas e pavilhões, recuperação de portas e janelas.
José Máximo, 47 anos, recluso em Pinheiro da Cruz há pouco mais de um ano, fez de tudo um pouco. "Sou todo o terreno. Faço a canalização, a montagem de ladrilhos, pintura". "É uma ocupação bastante boa. O tempo passa muito mais rápido". Faltam-lhe seis anos para cumprir a pena, mas já esteve noutras prisões - por exemplo em Silves - onde também foi chamado a ajudar nas obras.
Do balde higiénico não tem muito que contar: "Como sou um homem saudável, não o usava. Antes de me deitar fazia a minha higiene na casa de banho e já não precisava do balde".
Conta que os hábitos vão mudar em Pinheiro da Cruz. Celas novas, regras novas. "Já não podemos levar comida para dentro das celas, nem podemos colar cartazes ou fazer desenhos nas paredes", diz, seguro de que serão acatadas as novas ordens. Mas reconhece que nem todos têm a mesma sensibilidade. 2009-09-24
ISABEL TEIXEIRA DA MOTA
jn.sapo.pt
Objectivo: fazer a remodelação sanitária do último dos pavilhões prisionais portugueses a ostentar a vergonha do "balde higiénico".
Desde Março de 2008, uma equipa de 30 reclusos da prisão de Pinheiro da Cruz, em Grândola, esteve em permanência dedicada às obras de canalização, construção dos sanitários, pintura das celas e pavilhões, recuperação de portas e janelas.
José Máximo, 47 anos, recluso em Pinheiro da Cruz há pouco mais de um ano, fez de tudo um pouco. "Sou todo o terreno. Faço a canalização, a montagem de ladrilhos, pintura". "É uma ocupação bastante boa. O tempo passa muito mais rápido". Faltam-lhe seis anos para cumprir a pena, mas já esteve noutras prisões - por exemplo em Silves - onde também foi chamado a ajudar nas obras.
Do balde higiénico não tem muito que contar: "Como sou um homem saudável, não o usava. Antes de me deitar fazia a minha higiene na casa de banho e já não precisava do balde".
Conta que os hábitos vão mudar em Pinheiro da Cruz. Celas novas, regras novas. "Já não podemos levar comida para dentro das celas, nem podemos colar cartazes ou fazer desenhos nas paredes", diz, seguro de que serão acatadas as novas ordens. Mas reconhece que nem todos têm a mesma sensibilidade. 2009-09-24
ISABEL TEIXEIRA DA MOTA
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