Mais de cem presos completaram programas Novas Oportunidades em 2008
Setenta por cento dos reclusos portugueses estão a ser escolarizados ou a trabalhar, um número que para o ministro da Justiça significa que as prisões não servem só para punir mas também para preparar para viver em sociedade.Alberto Costa falava hoje na cadeia de Vale de Judeus, na entrega de diplomas a 38 reclusos que terminaram o programa de certificação de competências Novas Oportunidades. Dos onze mil reclusos que existem em Portugal, 7500 têm uma ocupação e, destes, 30 por cento estão em acções de ensino e formação. Segundo o ministro da Justiça, "uma sociedade cujo sistema prisional devolva à vida activa os seus reclusos mais bem preparados, mais bem capacitados e aptos a desenvolver tarefas profissionais mais qualificadas é uma sociedade melhor". Alberto Costa acrescentou que a sociedade "deve isso aos seus reclusos", frisando que, no caso dos reclusos que completaram o programa Novas Oportunidades, a sociedade "cumpriu a sua missão, assim como eles o fizeram ao conseguir hoje receber os seus diplomas". Os dados da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais mostram que no ano passado 119 reclusos completaram as Novas Oportunidades, número que traduz um aumento de 310 por cento em relação à quantidade de presos que fizeram certificação de competências em 2005. As estatísticas referentes ao último trimestre do ano passado revelam ainda que apenas 8,2 por cento da população prisional tinha concluído o ensino secundário.
in Última Hora
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