terça-feira, 12 de abril de 2011
Fundação Mata do Buçaco "contrata” mais reclusos
A experiência foi de excelência e, por isso mesmo, a Fundação Mata do Buçaco quer repeti-la e alargá-la. Falamos na parceria com a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, que levou para a mata, no ano passado, cinco reclusos do Estabelecimento Prisional de Coimbra. Uma experiência que António Jorge Franco, presidente da Fundação, elogia e recomenda. O protocolo foi celebrado em Abril do ano passado e daí resultou, explica o presidente da Fundação, que «diariamente os cinco reclusos trabalhem na mata, fazendo todo o trabalho inerente à manutenção e jardinagem». António Jorge Franco não poupa elogios «aos cinco colaboradores». «São fantásticos, a nível profissional e pessoal, pessoas e trabalhadores exemplares», sublinha, considerando que «não há necessidade de fazer qualquer acompanhamento, tirando o normal, que é comum a todos os funcionários», uma vez que são pessoas «absolutamente integradas na equipa, educadas e trabalhadoras».O indicador mais sintomático do presidente da Fundação é o facto de, ao longo do último ano, a Mata Nacional do Buçaco ter recebido mais de 150 visitantes e «ninguém, se apercebeu da situação», ou seja, que uma boa parte dos trabalhos de limpeza e manutenção é feito por reclusos. Aliás, estes cinco elementos trabalham como quaisquer outros. Chegam à mata por volta das 8h30, transportados numa carrinha do Estabelecimento Prisional de Coimbra, e ali passam todo o dia, a fazer aquilo que é necessário. Ao final da tarde, por volta das 17h30, “despegam” e regressam “a casa”. A diferença relativamente a qualquer outro trabalhador é que, ao invés de irem para as respectivas residências, recolhem ao Estabelecimento Prisional de Coimbra.E, com base neste primeiro ano de uma experiência «muito positiva», a Fundação não teve dúvida em querer ir mais longe e alargar esta colaboração com os Serviços Prisionais. “Acertados” todos os pormenores, o protocolo vai ser celebrado na segunda-feira, numa cerimónia marcada para as 11h00, no Convento de Santa Cruz do Bussaco, e de imediato mais dois reclusos vão “entrar ao serviço”. Isto porque as exigências são muitas e a Fundação está empenhada em promover e valorizar o mais possível este património.Recuperar patrimónioAssim, cumprida que está uma componente mais ligada à limpeza, importa agora começar a atentar na recuperação do património. O primeiro patamar prende-se, explica António Jorge Franco, com as instalações sanitárias, que carecem de obras urgentes, uma vez que constituem um elemento fundamental para «bem receber os visitantes» e oferecer-lhes as condições mínimas. Em causa estão três instalações sanitárias, que os dois reclusos, trabalhadores da área da construção civil, vão começar desde já a recuperar, pois o material necessário já está reunido.Depois, terminada esta fase, as atenções vão, de acordo com António Jorge Franco, centrar-se no património construído da Mata do Buçaco. Em causa está um património classificado, de grande valor, relativamente ao qual a Fundação Mata do Buçaco tem um protocolo com a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva e com a Universidade de Aveiro. A apresentação de candidaturas ao QREN (Quadro Nacional de Referência Estratégia) e ao PIT (Programa de Intervenção no Turismo) constituem as respostas que os responsáveis pela Fundação procuram, no sentido de reunir fundos para avançar com o projecto, uma vez que o orçamento estimado aponta para mais de 10 milhões de euros. fonte
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Direcção
Mensagem de boas-vindas
"...Quando um voluntário é essencialmente um visitador prisional, saiba ele que o seu papel, por muito pouco que a um olhar desprevenido possa parecer, é susceptível de produzir um efeito apaziguador de grande alcance..."
"... When one is essentially a volunteer prison visitor, he knows that his role, however little that may seem a look unprepared, is likely to produce a far-reaching effect pacificatory ..."
Dr. José de Sousa Mendes
Presidente da FIAR
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