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O sacerdote falava à Agência Lusa à margem do segundo encontro interdiocesano luso-espanhol da Pastoral Penitenciária, que começou hoje em Évora, para reflectir sobre a presença da Igreja nas prisões.
“É uma preocupação nossa que os voluntários se organizem à volta do seu capelão para uma permanente formação”, disse o padre João Gonçalves.
Trata-se, segundo o responsável, “de um voluntário muito específico, que exige uma preparação muito particular, para lidar com o recluso e com as suas problemáticas”.
Por outro lado, o padre João Gonçalves defendeu que “todas as dioceses do país devem organizar-se para montar uma comissão para a Pastoral Penitenciária”.
Considerando que “Espanha tem este trabalho mais adiantado que Portugal”, o sacerdote explicou que o papel das Igrejas nas prisões é determinante, “quer seja na ajuda ao recluso no interior da prisão, quer fora, através da prevenção da criminalidade”.
“Estes voluntários prestam também apoio aos ex-reclusos e às suas famílias, assim como às vítimas do crime”, acrescentou.
Segundo o padre João Gonçalves, actualmente existe um milhar de voluntários nas prisões portuguesas, a maior parte ligados ao voluntariado religioso.
“Estes voluntários não cumprem só o papel na área religiosa, mas também na área social e jurídica. São as três grandes áreas em que se desenrola a nossa acção”, disse.
O segundo encontro interdiocesano luso-espanhol da Pastoral Penitenciária, que começou hoje, decorre até sábado no Seminário Diocesano de Évora, com a presença de D. José Alves, Arcebispo de Évora e membro da Comissão Episcopal da Pastoral Social.
Destak/Lusa http://www.destak.pt/artigos.php?art=27027
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