domingo, 12 de abril de 2009

Na penitenciária de Lenzburg-Suiça


(...)Li no jornal Tagesanzeiger uma interessante reportagem sobre cursos de formação profissional oferecidos em Pöschwies, a maior penitenciária da Suíça. Com capacidade para abrigar 436 presos masculinos, ela é também uma das mais modernas do país (só foi construída em 1995). Seus detentos são pessoas que receberam penas de reclusão de pelo menos um ano.
Como em muitas outras prisões do país dos Alpes, lá existe também a possibilidade de ocupar o tempo com educação e não apenas trabalho. No momento, cinco detentos estão terminando o segundo grau. Porém infelizmente a possibilidade de fazer um curso universitário à distância é muito restrita. “Não podemos nos dar ao luxo de oferece-lhes acompanhamento policial para fazer as provas fora da prisão”, explica Bruno Altorfer, responsável em Pöschwies por escola e organização do tempo livre.
Além dos cinco pré-universitários (quando saírem de trás das grades), quinze outros detentos estão fazendo uma formação profissional para ser padeiro, mecânico de automóveis, jardineiro e pintor de paredes. Segundo a direção da penitenciária, eles têm entre 20 e 55 anos de idade. No ano passado, quatro pessoas conseguiram passar nas provas finais dos cursos. Um detalhe: a maior parte dos prisioneiros é de estrangeiros, que são expulsos do país logo depois de cumpridas as respectivas penas.
Para os leitores que se interessam pelas prisões suíças, realizei há algum tempo uma entrevista com um brasileiro, condenado por tentar entrar no país como “mula” de drogas, que cumpria a sua pena em uma prisão agrícola. O interessante dele era o fato dele ter pedido a um juiz para continuar preso. Razão: na cadeia ele conseguia ganhar suficiente dinheiro para pagar a escola privada dos filhos no Brasil.(...)

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Direcção

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Mensagem de boas-vindas

"...Quando um voluntário é essencialmente um visitador prisional, saiba ele que o seu papel, por muito pouco que a um olhar desprevenido possa parecer, é susceptível de produzir um efeito apaziguador de grande alcance..."

"... When one is essentially a volunteer prison visitor, he knows that his role, however little that may seem a look unprepared, is likely to produce a far-reaching effect pacificatory ..."

Dr. José de Sousa Mendes
Presidente da FIAR