O incidente aconteceu após uma briga entre os detentos em uma prisão superlotada com quase 2 mil pessoasSantiago - Um grande incêndio na prisão de San Miguel, no Chile, matou ontem 83 presos, disse o presidente Sebastián Piñera. Outras 21 pessoas, entre detentos e guardas, ficaram feridas e estão hospitalizadas.O incêndio começou por volta das 4h (hora local) de ontem, após uma briga entre os presos. A superlotação contribuiu para o alto número de mortos, segundo o presidente. O fogo ocorreu apenas no quarto andar da prisão San Miguel, localizada na região metropolitana da capital, Santiago.A prisão foi projetada para receber cerca de mil presos, mas estavam cumprindo pena no local quase 2 mil pessoas. A superlotação é um problema comum nas prisões chilenas, e o governo tem construído prisões durante anos para lidar com o problema. Há atualmente 30 mil vagas nas prisões do Chile, mas 53 mil detentos.Piñera reconheceu o problema e notou que ele é antigo. O presidente não descartou que o número de mortos possa subir, pois há 14 feridos em estado grave. Em outubro deste ano, um relatório da juíza Ana María Arratia Valdebenito, advertiu que no pavilhão 5, onde começou o incêndio, estavam 484 detentos, com mais de 100 por andar. Um dos fiscais que investigará a tragédia, Alejandro Peña, disse que segundo relatórios preliminares, o incêndio "foi intencional".Centenas de familiares dos presos foram para a frente do presídio e tiveram que esperar horas para conhecer os nomes de alguns sobreviventes. Eles jogaram pedras em Luis Masferrer, chefe nacional da polícia penitenciária, que lia a lista com os nomes dos sobreviventes, que acreditaram ser dos nomes dos mortos. A mãe de um preso morto declarou que seu filho estava preso há 20 dias e ainda tinha mais 10 de sentença para cumprir, por vender filmes pirateados. O filho da mulher está entre os 83 mortos.O próprio Piñera reconheceu que as condições do presídio eram "desumanas". A prisão tinha apenas 26 guardas e seis carcereiros. Pedro Hernández, presidente da associação de funcionários penitenciários, afirmou à imprensa que no momento do incêndio apenas cinco guardas e carcereiros, para uma população carcerária de 1.900 condenados, estavam em serviço. Familiares dos presos disseram que os bombeiros só puderam entrar na prisão depois da tropa de choque. Um preso deu a mesma informação, falando de um celular de dentro do presídio. "A tropa de choque entrou antes e só depois entraram os bombeiros", disse o detento. Autoridades penitenciárias disseram que os bombeiros só começaram a chegar ao local 20 minutos após o começo da briga entre os presos.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
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Mensagem de boas-vindas
"...Quando um voluntário é essencialmente um visitador prisional, saiba ele que o seu papel, por muito pouco que a um olhar desprevenido possa parecer, é susceptível de produzir um efeito apaziguador de grande alcance..."
"... When one is essentially a volunteer prison visitor, he knows that his role, however little that may seem a look unprepared, is likely to produce a far-reaching effect pacificatory ..."
Dr. José de Sousa Mendes
Presidente da FIAR
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