Dados divulgados na noite desta quarta-feira (8) pela Polícia Federal revelam que as prisões de foragidos internacionais aumentaram 47,8% no Brasil desde janeiro de 2010 em relação a igual período do ano passado. “A interligação de todos os sistemas de informática, os acordos bilaterais e os investimentos em estrutura mudaram o perfil do órgão”, disse o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, durante palestra na 6ª Conferência Internacional de Fugitivos, que termina amanhã na Costa do Sauípe (litoral norte da Bahia).
Até a noite desta quarta-feira, os agentes federais tinham localizado e prendido 102 pessoas que escolheram o Brasil na tentativa de escapar de uma eventual condenação por crimes cometidos em seus países. No ano passado, a PF contabilizou 69 prisões. Segundo Corrêa, depois que os seus sistemas foram interligados, a PF conseguiu armazenar todas as impressões digitais encaminhadas pela Interpol de criminosos internacionais.
Para 150 agentes de 40 países (todos os continentes foram representados na conferência), o diretor-geral da PF disse que não quer que o Brasil seja apontado “como um destino de criminosos”. “Nós não queremos exportar nem importar criminosos, mas vamos buscar os brasileiros que praticam crimes no exterior”. Luiz Fernando Corrêa apresentou outro dado para demonstrar a melhoria do desempenho do órgão. “Antes do Projeto Fim da Linha, nós tínhamos 159.005 passaportes roubados em nossa base de dados. Depois da implantação do projeto o número aumentou para 306.183, o que facilita a nossa investigação.”
Conexão internacional
Lançado no ano passado, o “Fim da Linha” é uma parceria entre a Polícia Federal e a Interpol. Pelo acordo, a PF está conectada com órgãos de segurança de quase 200 países por meio da internet. Ainda em sua palestra, Corrêa disse que os acordos firmados com alguns países também contribuíram para ampliar o número de criminosos internacionais presos no Brasil. “Assinamos acordos com a Bolívia, El Salvador, Cuba, Colômbia, Haiti, Guiné-Bissau, Santa Lúcia, Paraguai e Peru.” Outros seis acordos podem ser assinados a qualquer momento e envolvem a Argentina, Paquistão, São Tomé e Príncipe, Suriname, Timor Leste e Uruguai, de acordo com a PF.
O coordenador-geral da Polícia Criminal Internacional da PF, José Ricardo Botelho, disse que antes da implantação do “Fim da Linha”, o órgão não conseguia atender à demanda de informações solicitadas pela Interpol. “Havia em nossos arquivos 27.094 pedidos de informações sem respostas. Agora, temos 5.565”, disse. Botelho acrescentou que a PF está trabalhando com um representante da área internacional em cada um dos 27 Estados brasileiros. Além do investimento em informática, o coordenador-geral afirmou que 750 policiais foram enviados este ano para fazer cursos no exterior, ante 433 em 2009.
Ao final de sua palestra, Luiz Fernando Corrêa condenou a “estigmatização” de países envolvidos com a criminalidade. “Todos nós sabemos que a Bolívia, a Colômbia e o Peru produzem folhas de coca, mas estes países não são responsáveis pela droga. A estigmatização de alguns significa tratamento diferenciado para pior para as pessoas quando elas transitam pelo mundo.”
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010
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"...Quando um voluntário é essencialmente um visitador prisional, saiba ele que o seu papel, por muito pouco que a um olhar desprevenido possa parecer, é susceptível de produzir um efeito apaziguador de grande alcance..."
"... When one is essentially a volunteer prison visitor, he knows that his role, however little that may seem a look unprepared, is likely to produce a far-reaching effect pacificatory ..."
Dr. José de Sousa Mendes
Presidente da FIAR
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