Homens, maioritariamente pouco instruídos, sem antecedentes criminais e que tendem a esquecer a gravidade do seu comportamento. Estas são as características dos 116 agressores sexuais que o psicólogo Armando Coutinho Pereira "estudou" nas cadeias portuguesas e apresentou numa tese de mestrado sobre "Distorções Cognitivas e Agressão Sexual".
No mesmo estudo, o especialista conclui que são necessários tratamentos em meio prisional semelhantes aos já adoptados para combater a toxicodependência. E mais especialistas no tratamento dos agressores sexuais - sejam eles de adultos ou de crianças. "Mais treino específico e profissionalização seriam desejáveis e urgentes", refere no estudo o especialista que considera que a castração não é uma solução para o problema.
Os agressores enquadram-se maioritariamente no grupo dos casados ou em união de facto (49,1 %), sem que existam diferenças entre os que atacam dentro ou fora de contexto familiar, e os que escolhem entre vítimas adultas ou crianças. A maioria dos agressores tem "hábitos aditivos" consideráveis (72.4%) consumindo preferencialmente álcool. O consumo de heroína e cocaína aparece mais associado aos agressores que vitimam adultos, conclui.
As vítimas dos agressores são, regra geral, do sexo feminino (82 %), e menores (64,7 %) são as vítimas destacadas e, nos últimos tempos, constituem situações mais denunciadas.
Ashley Grossman, neuroendocrinologista do hospital St. Bartholomew, em Londres, defende que a castração química "não pode ser um sistema para servir de alternativa à prisão".
Em Portugal, o psicólogo Rui Abrunhosa Gonçalves põe a hipótese de ser administrada medicação apenas no início de um tratamento, até para controlar a impulsividade do condenado.
O advogado Jorge Cabral, especialista em Direito de Menores, considera que a "castração química" como castigo é "recuar" no sistema punitivo. "Qualquer dia fazem-se lobotomias como no filme "Laranja Mecânica", ironiza. "O agressor tem que ser tratado e reintegrado na sociedade", defende.
O presidente da Delegação Sul do IML, Costa Santos, não vê na castração um castigo ou uma pena, mas uma forma de tratamento. "Apenas eficaz para os violadores de adultos", ressalva. Porque o problema dos abusadores sexuais de menores "é psicológico".
No mesmo estudo, o especialista conclui que são necessários tratamentos em meio prisional semelhantes aos já adoptados para combater a toxicodependência. E mais especialistas no tratamento dos agressores sexuais - sejam eles de adultos ou de crianças. "Mais treino específico e profissionalização seriam desejáveis e urgentes", refere no estudo o especialista que considera que a castração não é uma solução para o problema.
Os agressores enquadram-se maioritariamente no grupo dos casados ou em união de facto (49,1 %), sem que existam diferenças entre os que atacam dentro ou fora de contexto familiar, e os que escolhem entre vítimas adultas ou crianças. A maioria dos agressores tem "hábitos aditivos" consideráveis (72.4%) consumindo preferencialmente álcool. O consumo de heroína e cocaína aparece mais associado aos agressores que vitimam adultos, conclui.
As vítimas dos agressores são, regra geral, do sexo feminino (82 %), e menores (64,7 %) são as vítimas destacadas e, nos últimos tempos, constituem situações mais denunciadas.
Ashley Grossman, neuroendocrinologista do hospital St. Bartholomew, em Londres, defende que a castração química "não pode ser um sistema para servir de alternativa à prisão".
Em Portugal, o psicólogo Rui Abrunhosa Gonçalves põe a hipótese de ser administrada medicação apenas no início de um tratamento, até para controlar a impulsividade do condenado.
O advogado Jorge Cabral, especialista em Direito de Menores, considera que a "castração química" como castigo é "recuar" no sistema punitivo. "Qualquer dia fazem-se lobotomias como no filme "Laranja Mecânica", ironiza. "O agressor tem que ser tratado e reintegrado na sociedade", defende.
O presidente da Delegação Sul do IML, Costa Santos, não vê na castração um castigo ou uma pena, mas uma forma de tratamento. "Apenas eficaz para os violadores de adultos", ressalva. Porque o problema dos abusadores sexuais de menores "é psicológico".
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